Estamos em alturas da Kristallnacht. E já com ares de julgador de que a tabela da eterna disputa entre Judeus e Cristãos para ver quem é mais coitadinho vai pender a favor dos Judeus, José Policarpo, o cardeal patriarca de Lisboa, disse que “Hoje sinto uma perda discreta e progressiva do poder de quem nos governa(…)”.
Uma frase destas, saída do seio da Igreja Católica, dá que pensar. Primeiro, porque não é permitida a ordenação de mulheres, logo a Igreja não tem seios. Segundo, porque isto só pode representar uma quebra de fé. Quem será o poder que nos governa? Nestas coisas dos assuntos espirituais, a resposta está logo aqui, na ponta da língua: Deus Pai Todo Poderoso. Ou deverei dizer Deus Pai Discreta e Progressivamente Menos Poderoso?
Estou em crer que só pode ser este o assunto em questão. Sei que já referi isto antes, mas foi de soslaio e decidi tentar outra vez: Não me cabe na ideia, nem debaixo da batina do cardeal sequer, que se esteja a tentar um intervencionismo do Vaticano sobre o nosso Estado, laico. De laicidade, não é o marido da cadela orbital… Mas eles continuam a opinar todos os dias sobre os assuntos temporais, profetas da politeia. A arrogância é pecado, um dos sete magníficos, e no máximo já basta acharem que podem negociar feriados.
Legislar, Irmãos, só nos cânones!
Gonçalo Fortes
15 de Novembro, 2011 at 11:29
O que é certo é que os senhores do clero nunca foram muito coerentes!
(Caro Coiote, gostei de ver que me encontro ali na lista de “Outros uivos” da tua toca. Obrigada pelo reconhecimento!)
16 de Novembro, 2011 at 01:00
É meu prazer ter-te por cá, caleidoscópio. Reconhecidíssima!