O meu nome é Gonçalo Fortes e este é o meu blog. Sim, é logo a mictar no poste antes de dizer “Bem-vindos” para deixar toda a gente à vontade. Mas atenção, que à vontade não é à vontadinha! Além de que sou o macho alfa cá do sítio, tenho de me comportar de acordo. Em abono da verdade, sou o único macho cá do sítio, mas isso não me retira alfazice.
E agora já posso: Bem-vindos!
É típico nestas coisas dizer quem sou, de onde venho e para onde vou, as filosóficas reflexões que fariam com que continuasse a escrever aqui bojardas caso o meu cérebro fosse transplantado. As memórias que me tornam numericamente idêntico a mim próprio e impedem que cesse a minha existência a cada piscar de olhos, sendo substituído pelo meu eu seguinte. Aposto que eu sou mais bonito do que eu seria! O somático animalismo, neste blog animalesco, que também deixa entrar deuses, anjos e robots. Os donuts epicuristas que como ao pequeno almoço ou os comics que me invalidam o solipsismo. A ilusão do eu nas ilusões que ofereço aos outros, ou até as gajas niilistas de quem, hedonista, me aproveitei. Existem umas quantas que Descartei, agora que cogito nisso.
Snobismo da retórica à parte, é bom de ver que o problema é complexo. Nem mesmo os melhores existencialistas da história da humanidade chegaram a grandes respostas. Eis alguns exemplos:
«Quem sou eu? De certeza que queres saber?» – Homem-Aranha
« – Quem és tu?
– Ninguém!» – Romeiro
«Quem sou eu? Apenas um puto de Brooklin» – Capitão América
«-Quem é?
– Não, é “Quem sou eu”?» – Jackie Chan
«Eu sou Houdini, e tu és uma fraude!» – Erik Weisz
Uma descrição com base em pragmatismo aponta para aqui. Mas porque uma pessoa é a soma da forma como se vê a si própria e da forma como os outros a vêem, convido à utilização das caixas de comentários abaixo para completar a descrição que não cheguei a fazer. Também podem servir para me insultarem ou, miúdas giras, convidem-me para sair!
Gonçalo Fortes
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